Depois de uma birra, fomos às compras num qualquer hiper-mercado, beber café e casa. Pôs-se a roupa a lavar, assistiu-se com entusiasmo ao processo, entre música e uns olhares pelo canto do olho para o que se passava na tv.
Parecia algo retirado de um filme estranho. Estranhamente agradável.
Aquecedor ao máximo a aquecer-me a face, os rostos brilhavam. Não de entusiasmo, mas pela sensação de solário que esse mesmo aquecedor transmite.
O sono chega. E ela diz-me que tenho de dormir no sofá, com ar sério e sem vontade de enterrar o machado de guerra. Atira-me uma manta, esburacada e enfia-se na cama.
Deito-me, no sofá. Corpo cansado, alma quentinha e agradada, digo-lhe que a odeio e não quero falar com ela. Responde-me com desinteresse. Nem esperava outra coisa. Tem o seu encanto.
Atiro-lhe com uma almofada. Sem resposta. Nem um gesto ordinário.
Adormeço.
Foda-se, Até parece que somos namorados!
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