quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Vampirismo

Deve ser lixado para um vampiro ser homofóbico. Fica logo ali excluído à partida metade das suas hipótesses de se alimentar. Nunca vai ser capaz de chupar o pescoço de outro homem.

Agora imaginem que ele desenvolve consciência. Põe de parte velhos, crianças, os que se deixam morder em troca de compensação monetária, os excessivamente obesos que não têm como fugir, as gajas bêbedas, drogadas ou que simplesmente são demasiado fáceis...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Inquietação II

Pus-me a pensar se o amor e paixão serão luxos que experimentamos pelo simples facto de não termos nada de realmente grave que nos ocupe.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O uso

Senti-me usado por ti. Senti-me diminuído ao estado de um objecto que justifica o seu uso, nada mais... Usaste-me para acalmar a dor, para confortar as mágoas, usaste-me para te dar prazer, usaste-me quando precisaste de alguém para te ouvir, usaste-me como como uma coisa que se põe em casa para enfeitar.
Fiquei quando pediste para ficar, ouvi-te quando precisas-te de falar, falei quando precisavas de ouvir, estive lá quando pedias, sem pedires e sai quando não querias. Fiz-te rir, ri-me contigo, vi os teus olhos chorar, senti a tristeza contigo, ouvi os teus sonhos... rocei a tua alma.
No fim desapareceste,  ignoraste, sem sequer falar, nem me deixar falar. Afinal objectos não falam, nem sentem. Isso faz-te sentir melhor. Quando gemi de dores e tentei falar, senti a tua frieza, não mereci mais que justificações incoerentes e arrogantes de uma pessoa presa dentro de si. Fui acusado de passar o limite, a linha que nos separa, objectos e pessoas!... É inútil tentar.

Mas admiro-te. Nunca te vi dar tanta importância a uma outra folha de papel higiénico.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Poker

Sempre que alguém me diz "as cartas estão na mesa, só joga quem quer", eu, como viciado em poker que sou só tenho uma resposta.
Vou a jogo, all in.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Passos

Dizem que dar um passo em frente é sempre a melhor solução, eu acho que nem sempre.



E igualmente doloroso poderá ser também o segundo.




everytime i step towards you, i feel like going backwards... and it hurts

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Poderia começar por dizer que te amo, talvez não tanto como já te amei, as coisas quando não são cuidadas acabam por desaparecer. Tu será que alguma vez me amaste?
Poderia dizer a falta que estranhamente ainda me fazes. Poderia dizer o quanto te admirei quando era pequeno, quando me contavas as tuas histórias, os momentos dificeis e as loucuras inerentes à adolescência, as histórias da tropa. Quando me mostravas as tuas fotos de cabelo comprido e a sorrir ao lado de pequenos miúdos pretos em plena guerra. Ensinaste-me muitas coisas, ainda hoje recordo as noites a jogar às cartas, a jogar consola, os jogos de futebol. não recordo como gostaria, recordo com saudades de um tempo que foi e nunca mais será, nunca foi. Admirava-te. Um dia quis ser como tu, já não quero. Fui obrigado a construir-me sozinho neste mundo frio, sem o teu apoio. Nunca me percebeste, nunca tentaste entender-me e isso dói-me, de todas as pessoas no mundo, tu deverias ser a que me percebia e mesmo que não, farias por perceber, davas-me a mão e percorrias o caminho comigo.

Pedias-me para te escrever e relembravas-me sempre das datas "importantes", guardas tudo o que te dei mas sempre achas-te pouco. O que querias realmente nunca te pude dar. Apesar de não ser pai, sei que o melhor que se pode receber são simplesmente palavras, amo-te pai, obrigado por estares presente. Mas isso a ti nunca te vou poder dizer. Tudo o que de bom tenho para dizer e para oferecer, nunca será a ti. Porque nunca estiveste aqui. Quando precisei de ti, nunca te encontrei, nunca me procuraste, foram sempre os outros. Mas era de ti que eu precisava.

Ensinaste-me a amar mesmo quando as pessoas estão ausentes, ensinaste-me a querer ser melhor, pela tua falta de vontade em lutar pelo que gostas e queres, ensinaste-me que as datas nada interessam, ensinaste-me a amar incondicionalmente, mas nunca me ensinaste a cair. Ensinaste-me da pior maneira a viver. Mas mesmo assim obrigado.

É dificil escrever-te, pensamentos voam, sinápses têm acidentes nos cruzamentos e as palavras entopem. A verdade é que passado tantos anos não resta mais que um vazio, emoções que se traduzem em lágrimas, mas vazio.
Não quero que me procures, nem que me ames como eu te amo.

No fundo tenho pena de ti, perdeste o melhor da minha vida e o melhor da tua. E isso, nunca, nenhum de nós irá recuperar.

Quando te aperceberes disso, eu estarei aqui, diferente, Mas guardo com carinho a criança que um dia te admirou, que jogava à bola na lama contigo, pode ser que ainda não tenha morrido, o homem que um dia foste.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sem rumo

Esta semana tem sido de louco(s), o cansaço e a dor apoderam-se do meu corpo e até a alma anda à deriva, no meio da tempestade.
Hoje dissolvi-me na chuva, hesitei, mas não serão os negativistas chapéus de chuva que me farão sentir deslocado.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Amor

Amor, mais que uma palavra, um torbilhão de sentimentos, sem sentido. Amor, um sentimento que cada vez mais se perde. O amor não se explica, não segue regras, é inexpremivel e inexplicável causando medo e impotência às pessoas. Já não se sente amor, fazem-se pactos que seguem regras sociais e morais. Mas como pode uma realidade espiritual tão elevada reger-se dessa maneira... fodam-se as regras e as normas que nos impõe.

Já ninguém se entrega a ninguém da forma menos corrupta, mais ortodoxa, menos profana, mais pura. Só os parvos, tolos e burros. Aqueles que sentem o amor da forma que é para ser sentido. Têm medo de sofrer, mas entregam-se à tristeza do outro se fôr preciso. Condenam o coração para que a alma possa voar.
Parece que é preciso estar-se triste para haver entrega, simplesmente em busca de refúgio, o amor tornou-se um meio para atingir um fim. Realização pessoal, status, poder, ou mesmo para nos voltarmos a pôr de pé. Afinal quando estamos caídos, já não há mais para onde ir. É aí que ligamos as coisas mais simples da vida. O amor. Depois voltamos ao medo, com duas muletas para não voltarmos a tropeçar, pés bem colados à terra para não corrermos o risco de voar e cair, muitas vezes é simplesmente orgulho ferido. Busca-se a felicidade noutro lado, uma felicidade serena, segura.
Equivalente ao surfar no verão mas não no inverno, por as ondas serem maiores, apesar de serem perfeitas. Para quem gosta de surf será um sonho não vivido. Tal como o amor, as ondas de inverno tem mais força, o sentimento é mais forte, faz-nos atingir velocidades estonteantes e assustadoras, causa vertigens e formigueiro na barriga, despertas todos os nossos sentidos. Temos medo de cair e não conseguir voltar a cima, levar com a força devastadora da natureza em cima, ser esmagado por sentimentos avassaladores.

Amor e amizade andam de mãos dadas, mas são ambos condenados em detrimento um do outro.



Acompanho emocionado as tuas preocupações, as tuas derrotas, as tuas agonias, encantos e desencantos, frustrações, paixões, a tua coragem e covardia, os teus mimos, os teus sorrisos e choros, as tuas tristezas e alegrias pelo simples prazer de estar. Enquanto praticas a arte de viver.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A fome

Não percebo o porque de tanta coisa à volta de uma coisa que até pode ser boa.

Hoje decidi fazer uma experiência. Decidi passar fome. Vamos lá testar a fome em mim, para ver se chego a alguma conclusão acerca da fome no mundo. Ainda por cima comi razoavelmente bem durante o dia, calhou bem. A última coisa mais parecida a comer que fiz foi por volta das 18h.
Por volta das 20h30, hora de jantar, decidi ir andar de bicicleta. O que poderia ser melhor para levar esta loucura para a frente do que fazer uma coisa que se gosta. Voltei para casa, 1h e uns pózinhos depois, mas não fui comer! Liguei o pc, net, fui ver os mails, li umas alarvidades aqui e ali, com a músiquinha a bater no ouvido. A fomeca a esta hora, começava a apertar. Fui tomar banho, ainda consegui arranjar forças para lavar todos os cantinhos do corpo.
Com estas banalidades todas eram já 23h. No frigorifico, esperava pelas minhas alarves dentadas um pitéu cozinhado por quem sabe fazer a coisa. Mas obviamente que não cedi, apesar do cenário tentador que pairava no meu cérebro.
Messenger, vamos lá. Ver se há alguem a precisar de conselhos sentimentais ou com vontade de avacalhar.

Bate a meia noite. Já estava a ver as coisas meio destorcidas, muito por culpa do estômago vazio e do cansaço derivado de esforço físico. Como se isso não bastasse, eu já por mim em dias normais, sou um pequeno alarvezinho. O que fez com que isto tudo fosse ainda mais complicado. Youtube, rir sempre foi um bom remédio.

E pronto, neste momento aqui estou eu a escrever, com um prato cheio de carninha, arroz e batata frita ao lado. Não é manjar de rei, mas não é nada mau.
Se eu tivesse jantado à hora normal, não iria dar tanto valor à refeição e a morte desta vaquinha teria sido desprovida de tanto significado. Tudo bem que já andava a trepar pelas paredes, mas à volta de 7 horas sem comer é obra! Nem imaginam o enorme prazer que me está a dar comer e porquê? porque estava cego de fomeca.

Ainda dizem que a fome é uma coisa má?

Acho que isto prova a minha teoria, em caso de dúvidas estarei aqui para vos ilucidar. Não havendo tempo para abordar todos os temas importantes deste nosso mundo, acho que deviam ser definidas prioridades. Temos de ser coerentes, a fome é importante. Experimentem vós mesmos fazer esta experiência e vão ver o tão bem que sabe aquela sandes de fiambre ressequido e queijo fora de prazo.

Por exemplo, nunca ouvi nos jornais a falar-se de chulé. Mas fome... envia-se apoios, sacas de arroz caiem de aviões, promove-se campanhas em tudo que é mini-hiper mercado e mercearia. Mas e então a luta contra o excessivo odor nos pés? Fico na dúvida se é por a palavra ser divertida...

Experimtem lá repetir até à exaustão, até perder o significado:

Chulé

Chulé

Chulé

Chulé

Agora todos em conjunto!!!!!

CHULÉ! CHULÉ!

Digam lá se ainda parece que estamos a falar de uma coisa que cheira para lá de mal?
Se experimentarem o mesmo processo com infecção urinária já não é assim tão divertido pois não?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

o 'ser' consciente

Respostas ambiguas. Decisões que servem apenas para prolongar o tempo. Receio de admitir sentimentos, desvalorização do valor do coração. Básicos mecanismos de defesa. Reflexo de uma necessidade de defesa interior.

Tentei. Tento. Vasculho dentro do saco, gasto. Migalhas e pouco mais. Pareco mendigo. E as soluções?

Mas afinal soluções para quê? Somos livres! as soluções não passam de meros guiões para uma vida recta de obrigações morais.

Eu não mendigo, aceito o que me dão. Reflicto. Se olharem bem, não peço, mas cada um repara no que quer, no que o agarra e que lhe prende o olhar. Não sou só, mas a solidão persegue-me. Não sou pobre, mas estou rodeado de pobreza. Acima de tudo sou sonhador, mas sonhos há poucos.
Um dia, gostaria de ver o que eram capazes de fazer para me erguer. Mas só vejo o que fazem para manter direita a consciência.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Hippy Hippy Shake?


I got the hippy hippy shake.

Apeteceu-me.
O blog precisa de animação!

Adormecer-te

Adormecer com outra pessoa é bem diferente de adormecer outra pessoa. Para mim bem melhor que adormecer.
Adormecer é simplesmente cair na cama rendido ao cansaço e abraçado ao sono. É diferente. Adormecer outra pessoa não é uma situação nossa, nem simples carinho. No seu sentido puro é entrega, prazer e esforço. Ao mesmo tempo que lutamos contra o sono, tratamos de forma altruista, a pessoa que está nos nossos braços.
Os corpos não podem estar colados, apenas o suficiente para se sentirem, para que haja conforto e liberdade. As mãos. O ritmo. Lento e balanceado. As mãos tocam, apertam, mimam, passeiam e bailam pelo corpo, ou por momentos, simplesmente pousam sobre a pele. Passam pelos cabelos como se uma brisa se trata-se, uma brisa que arrepia, confortável, aconchegante. Dexem para o pescoço, escorregam. Suavemente. Massagam os ombros e deslizam, viajando pelas costas, devagar, leves. Até chegarem à cova, no fim das costas, onde a palma da mão descansa, rodopiando, lentamente.
Quando se adormece outra pessoa, ouve-se gemidos, envolvidos no sono e em preguiça. Sons inconscientes de alguém, que embalado numa imensa paz, se entregou à noite.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Em continuação do apelo que vos fiz no post anterior, abro-vos a porta a mais um momento de parvoíce comigo.
Na música mega apaneleirada de André Sardet, experimentem trocar na letra toda o "gosto de ti", por "faço xixi".
Pode ser parvo, mas é diversão garantida.

p.s. para os mais desatentos e preguiçosos, a música é "adivinha o quanto gosto de ti".
p.s.2 apercebi-me que, inconscientemente, acabei de admitir que ouvi em algum tempo da minha vida andré sardet. será que isto me vai prejudicar de qualquer maneira relativamente ao pedido anterior? mesmo tendo em conta que consegui retirar algo para vos proporcionar este momento?

bolas... uma no cravo outra na ferradura.

Aqui fala-se bom português

Caralho é aquela palavra que fica sempre bem no meio das conversas, nunca soa mal, nem fora de sitio. Serve para dar enfase ou adjectivar de forma bastante positiva qualquer coisa.

Aquela banda tocava bem comó caralho!

Simples, directo e com enfase. Roça o intelectualismo.
Já o foda-se serve mais para iniciar as frases, mostrar indignação ou mesmo espanto.

Oh, Foda-se! Que azar do caralho!

Mas não estou aqui para falar de português, vim somente meter um post estúpido e gratuito, para evitar que digam que me tornei num sentimental lamechas, nunca ofendi ninguém e peço que me respeitem como o parvo do caralho que sou.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Pai natal

Primeiro foi o Pai Natal surfista da Worten. Tudo bem, apesar de ser inverno e o senhor estar vestido à verão. Surf está na moda e o Pai Natal também. Compreendo.
Mas outro dia, à porta de um centro comercial vi o Pai Natal e fiquei triste ao pensar a que ponto estamos a chegar.
Penso que todos nós tenhamos a imagem de um Pai Natal, estilo avozinho, simpático, vasta barba branca, gordinho, sorridente.
O senhor que vi à porta poderia muito bem ser confundido com um arrumador de carros, magro, as roupas a descair, barba descaradamente falsa e meio comida, cigarro a aparecer pelo lado, cara magra e mal encarado, em conversa brejeira com um vendedor de rua.

Uma época que há muito vem sido transformada em puro e desenfreado consumismo, agora ainda temos de aturar isto?

Já só falta usar ratazanas albinas na páscoa a fazerem de coelhos.

Já nem no pai natal acredito.

Silêncio

Só queria saber uma coisa. Como calar o silêncio, aquele silêncio ensurdecedor, das palavras. Aquele silêncio que custa quando não encontro os teus olhos.
Se os pudesse encontrar, esse silêncio não me iria incomodar. Porque sei, que a tua alma, com gritos mudos ecoa no vazio, essa, nunca se acalma.

Cansaço

Estou cansado. Um cansaço bom. Dormente. Um dormente bom. Cansado da luta diária e dormente do frio.
Tudo sensações fisícas, mas a mente está satisfeita.

E nestas alturas sabe muito bem ouvir disto, reggae!



Palavras... essas ficam para outros dias.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Chicken Lovers

Não, não é um post dedicado ao Mc Donalds.

É mesmo para o amigo Chicken, que faz anos hoje.




Deixem-me dizer-vos que a vida lhe corre bem. Deixou as drogas, está a acabar a universidade, tem namorada e uma Wii. Mesmo que percas a namorada, tens os amigos! pior é se ficas sem a Wii... aí é bom que não percas a namorada!

Que tudo te continue a correr do melhor. Parabéns e coisas! Logo a noite ou amanhã dou-te uns miminhos! :)

Grande Abraço.


P.S. Agora que também já és 91 podemos ser mais amiguinhos e tudo!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Insatisfação

Liberdade é pouco. O que mais desejo ainda não tem nome.

Clarice Lispector


Há dias assim. Em que queremos dizer muita coisa, ou qualquer coisa e nada sai. Por medo de sermos mal entendidos. Medo de sermos complexos de mais quando tudo é simples. De sermos simples demais quando tudo nos parece complexo. Medo de arriscar, de cair. Medo de estragar a beleza do que é tão simples.
Se calhar mais vale assim, ficamos-nos pela música e a cumplicidade. Às vezes, simplesmente estar já é bom.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Desconforto




How can i know you if you keep pulling me back

Vidas não sonhadas

Antes tinhas os teus sonhos e medos. Paixões e dúvidas. Inseguranças. Raivas e revoltas. Coisas por impulso. Frustrações. Choros. Tristezas. Sorrisos discretos, sinceros, marotos. Sorrisos onde cabia isto tudo. Arranjavas o cabelo, despenteavas-te. Escolhias o perfume conforme o humor. Havia dias em que conquistavas o mundo. Outros em que nada interessava e te sentias miserável. Sentias emoções capazes de te elevar no ar e de te atirar violentamente para o chão. Sentias-te viva.

Agora vives uma vida confortável. Plana. Segura. Equilibrada. Ignorante. Uma vida que não é tua.

domingo, 6 de dezembro de 2009

No sane man will dance



Porque me apetece, dançar... ando assim há uns tempos.

Adivinhem lá



Banho. Ralo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Conversas Alcoolémicas

Lembram-se daquelas coisas que nos dizem quando somos pequenos, não devemos gozar com os outros porque quando formos grandes pode-nos acontecer a nós. A minha mãe dizia-me muito isso.

Hoje, vi uma anã como nunca tinha visto, dava-me pelos joelhos. E apercebi-me que estavam a gozar com ela... e ia usar essa máxima da minha mãe, "não gozem porque quando forem grandes...."

Não entendo...

Por aqui musicando até ti...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Viver

Sinto a onda a arrastar-me. Por algum medo que tenha, tento não pensar nisso. Deixo-me levar. O sentimento é bom demais, a leveza de espirito não me deixa pensar. Só quero deixar-me ir. Na verdade nunca sei onde vou parar, o que vou sentir, se me vou surpreender. Está tudo longe do meu raciocinio. Da minha imaginação.
Mantenho sempre a esperança que desta vez não vou levar com a onda em cima. Que não me vou afogar. Mas sim subir alto, cortar a onda, descer. Em harmonia com o mar. Que tudo vai correr bem e eu vou voar, livre, leve.
Mas no fim, sou derrubado. Bato nos fundos, sou arrastado por baixo de água, perco o norte e fico sem ar. Passam longos dias, dou à terra, cansado. Enterro os pés na areia, com o sol a bater-me na cara, olho para o mar...

Um dia aprendo a surfar.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Desalinhado

Hoje sinto-me bem. Mas as palavras, essas, não as tenho. Estão temporariamente esgotadas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Estatísticas

Após profunda análise deste maravilhoso site ( http://ijustmadelove.com/ , retirado de outro blog ) reparo que na zona onde moro não há muita actividade. De certo está aí a razão de eu não serrar presunto (este termo é totalmente brejeiro...mas está em conformidade com a nova atitude deste blog) há uns tempinhos.
Se calhar está na hora de imigrar para uma zona mais favorecida. De qualquer maneira e como isto não anda muito favorável a mudanças, deixo aqui um apelo às raparigas da zona do areeiro, avenida de roma e por aí fora que temos uma reputação a defender. Uma vizinhaça que merece melhor!



Podem deixar o vosso mail nos comentários para marcações de local, hora e preferencias de posições. (importante para preencher devidamente o formulário do site)

E com esta bati mesmo fundo. Vou dormir.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Punk

Para todos aqueles que questionam o porquê de se gostar de punk. Punk não são roupas, não são penteados, nem estilos. Punk é a postura de quem acha que vale a pena questionar tudo o que nos tentam vender e não nos interessa. É intervenção, luta... e quem não luta conforma-se!

Tomem lá qualquer coisa diferente :)



love forever, love is free

domingo, 29 de novembro de 2009

Dor necessária

Às vezes é preciso levar uma tareia. Uns socos na cara, na boca e nos olhos. Uns pontapés nas costas e na barriga. Sentir o sabor do nosso sangue na boca. Para percebermos o que é nosso e o que é apenas ilusão. Faz-nos sentir vivos. Reduzidos ao essencial, despidos de manias, provamos o que somos, purifica-nos.

No fim, as dores e as costelas partidas, vai-nos lembrar da nossa luta diária. Saberemos quem somos e o que queremos.

Engate

Quando vou para o engate, não uso perfume...

uso clorofórmio.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Simples coincidências

Depois de uma birra, fomos às compras num qualquer hiper-mercado, beber café e casa. Pôs-se a roupa a lavar, assistiu-se com entusiasmo ao processo, entre música e uns olhares pelo canto do olho para o que se passava na tv.
Parecia algo retirado de um filme estranho. Estranhamente agradável.
Aquecedor ao máximo a aquecer-me a face, os rostos brilhavam. Não de entusiasmo, mas pela sensação de solário que esse mesmo aquecedor transmite.
O sono chega. E ela diz-me que tenho de dormir no sofá, com ar sério e sem vontade de enterrar o machado de guerra. Atira-me uma manta, esburacada e enfia-se na cama.
Deito-me, no sofá. Corpo cansado, alma quentinha e  agradada, digo-lhe que a odeio e não quero falar com ela. Responde-me com desinteresse. Nem esperava outra coisa. Tem o seu encanto.
Atiro-lhe com uma almofada. Sem resposta. Nem um gesto ordinário.
Adormeço.

Foda-se, Até parece que somos namorados!

Não estou de bem com as palavras...

 

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Esquisitices

Outro dia, em conversa com um amigo meu, que gosta dessa coisa que se chamam redes sociais para as quais eu já não tenho pachorra, como de costume, começou-me a enviar links de gajas boas. Até aí tudo bem, mas nisto, logo no primeiro perfil que vi, reparei em algo que me inquietou a mente e quase pus em causa a minha sexualidade.
Ela era boa, sem dúvida, capaz de parar o trânsito. Como qualquer macho que se preze, teria logo começado a debitar dicas de engante e conversa de encher chouriço com o único intuito de no fim ter algo onde enfiar o chouriço já cheio e pronto a digerir. Mas não. Depois de apreciar de relance a rapariga, fui ler o texto de apresentação, que lamentavelmente não foge a regra do "sou boa amiga, extrovertida.." as balelas do costume que me tiram logo a pica toda. Mas vá, isso um gajo ainda faz um esforço extra e tenta focar-se no objectivo, afinal ninguém é perfeito. Mas como se não basta-se, lá no meio dessa lagonha toda que não interessa nem ao menino jesus, dizia "não gosto de pessoas sinicas"!
Poisé, caros amigos, e aqui reside a minha inquietação, porque deixei tudo de lado e apeteceu-me enviar-lhe uma mensagem, mas a dizer: "só para te informar que sinica, escreve-se com "C"... de caralho, sendo tu uma rapariga extrovertida e curtida espero que não leves a mal a minha mensagem!".

Que se passa comigo?
Se isto algum dia me passar, a ver se vasculho o meu caixote do lixo...


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mal entendidos

Conheci uma rapariga, conversávamos bastante, dávamos-nos bem e um dia, deixamos-nos levar e a meio da coisa disse-lhe que quando estivesse com ela a ia pôr a arder em desejo. Desapareceu, nunca mais me disse nada, trocou de número de telemóvel e de casa.


Se calhar tenho de começar a ocultar o facto de ser piromaníaco.

Ventos de mudança

A pedido de várias familias e para não tornar este espaço num espaço lamechas onde venho descarregar, lamentar e sonhar, vou durante uns tempos abster-me de escrever sobre sentimentos e coisas que causem emoções fofinhas.

Para começar, deixem-me dizer-vos que hoje me sinto fodido (vou também soltar caralhadas como verdadeiro macho que sou), e sinto-me assim pela simples razão que adoro surf mas quando vejo uma onda de 2 metros borro-me todo. Eu que até tenho jeito para a coisa, não fossem as sucessivas lesões e fracturas que faço de todas as vezes que ganho coragem de enfrentar a natureza. Gostava de ser um bocadinho sadomasoquista, assim sempre que me atira-se a um mar grande, teria dois prazeres, o da asneira em si e o castigo.



Hoje também me disseram que tenho uma personalidade estranha, mas não me preocupei... tenho mais 3.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Perfeição?

Carinhosa. Meiga. Cuidadosa comigo. Davas-me todo o tempo e querias que fosse teu para sempre. Nunca me exigiste nada. Aturavas as minhas dúvidas e momentos maus. Davas-me conselhos. E nunca pediste nada em troca. Gostavas das minhas músicas. Vias os meus filmes. Aninhavas-te em mim na cama à noite e acordavas-me docemente. Nunca conheci ninguém como tu.

Vivias somente de mim. Consumias-me a alma. Era uma fraqueza quase depressiva.


Óbvio que te deixei. Felizmente.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Guerra dos sexos



Antes de me ir deitar, fica aberta a discussão, para quem quiser.
Mais tarde pode ser que venha a escrever qualquer coisa relacionada :)

Já nem sinto os pés. Tenho o corpo dormente. Mas o coração continua a bater, sinto-o, à noite quando tudo está silencioso e o mundo vai dormir. Oiço-o, embala-me, inquieto.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Perdido

Não consigo abrir os olhos. Tento perceber onde me encontro. À minha volta não reconheço nada. O relógio diz que são 9h30, de um dia 7 qualquer. O sol que entra pela janela, faz-me perceber que é de manhã. Mas dia 7 de que mês? Não me lembro. Gosto ácido na garganta, mas estranhamente agradável. Estou deitado em cima de lençóis brancos em desalinho. Olho para o lado e vejo uma mulher que não reconheço. Dorme tranquila, pacifica. Não me recordo de nada, mas sinto que está tudo bem. Fecho os olhos e adormeço. Com a certeza que quando os abrir outra vez, os mistérios desaparecerão.


How can I find you if you keep hiding behind those mirror shades.

Inquietação

O que será que significa quando os sonhos que tenho de noite são bem mais desinteressantes que os que tenho de dia?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mundo Complexo

Para mim é simplesmente um lamaçal.

Para muitos pode ser, geologicamente falando, uma área na bacia sedimentar do tejo sado, onde se vai acumulando sedimentos que constituem hoje um complexo arenoso pliocénico, constituído, em termos litológicos, por areias de várias cores e granulometrias variadas, interrompidas, episodicamente, por bancadas lenticulares intercaladas de argilas.
(texto retirado de um site)

Sim, é sem dúvida complexo... mas não deixa de ser um lamaçal.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta 13

Distraído que sou só agora me apercebi o porquê do mega desconto que me fizeram no salto de bungee jumping que dei hoje.

Reflexo Inato de Pavlov

Após tantos anos a levar com cheiro a lavanda na casa de banho, quando vou ao campo apetece-me cagar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Devaneios de um ser livre

O sentido da vida. Aquilo que muitos procuram, mas que não é para ser procurado, não é algo dado, estatico e palpavel à espera de nós. Porque a vida não tem sentido. Esse sentido sou eu que o dou, que o construo.
Não sou o que querem, nunca fiz o que os outros quiseram, apesar das opiniões que peço acabo sempre por fazer à minha maneira. Certo que já errei, muito. Mas isso torna-me verdadeiro, livre... porque livre é errar e aprender com isso e voltar a errar.
Não me enxam de valores éticos e morais, não me imponham leis, não me digam coisas belas. Ser livre é ter medo e coragem, para romper valores, aceitar a solidão de ser diferente. Só uma pessoa livre aceita a solidão. Não é coisa má. Isso da solidão. Quem teme esse estado de espirito é porque não aceita as suas escolhas existenciais e renega a sua própria essencia, tem medo da companhia de si mesmo.
Não há melhor maneira de ser livre do que ser criança. Amar a simplicidade, ser transparente, buscar conhecimento, falhar e voltar a tentar, sem pensar se estou a ser ridiculo. Não tive uma grande infância... mas consegui manter viva a criança dentro de mim :)

Não tenho destino. Nunca me dediquei aos estudos, sinceramente nunca fiz nada pelo meu futuro. A minha familia avisa-me que um dia vou pagar por isso. Na verdade já hoje estou a pagar. E pago feliz!
Não tenho emprego garantido em empresa de familia. Não tenho formação superior. Não tenho economias, nem bens para herdar. Não tenho nada. E esse nada é o que tenho de melhor, de valor incalculável.

Estou a ser o que sempre quis. um ser livre. prazerosamente livre. dolorosamente livre... :)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Resposta rápida

Da próxima vez que alguém tiver a falta de originalidade de se dirigir a mim com um "és tão bonito" ou parecido, a minha resposta será, "hei-de morrer pálido e encarquilhado como todos".

sábado, 7 de novembro de 2009

Ah!... Sábados.

Adoro sábados. Adoro sair da cama quando quiser. Adoro o facto, se quiser, posso não tomar banho logo ao acordar. Adoro andar a manhã toda com os boxers de algodão que vesti no dia anterior, já todos disformes e alargados pelas mais de 24h de uso intenso, com a abertura para mijar entreaberta, deixando uns pintelhos mais afoitos a espreitar. Adoro deitar-me no chão da sala com as pernas escancaradas e com os tomates descaidos, um para cada uma daquelas aberturas que os boxers tem para intruduzir as pernas. Adoro sábados porque é quando pelo menos o meu prepúcio vê a luz do dia. Adoro não ter que fazer a barba. Adoro não ter que pôr desodorizante. Adoro não ter que me vestir. Adoro andar com as ramelas no canto dos olhos e com o cabelo a escorrer sebo. Adoro ao fim do dia, de cada vez que mexo as pernas, sentir o cheiro da minha masculinidade. Adoro fazer o refogado e ver goticulas de azeite quente acumularem-se nos pelos da barriga. Adoro pisar descalço as unhas cortadas dos pés há meses no chão da casa de banho. Adoro não ter que sacudir a pila no fim de mijar.


Acabo por não fazer nada disto, mas adoro a liberdade que os sábados me dão.
Ao inves disto tudo, decidi criar um blog, com banho tomado e todo tratadinho!
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