sábado, 19 de dezembro de 2009

Amor

Amor, mais que uma palavra, um torbilhão de sentimentos, sem sentido. Amor, um sentimento que cada vez mais se perde. O amor não se explica, não segue regras, é inexpremivel e inexplicável causando medo e impotência às pessoas. Já não se sente amor, fazem-se pactos que seguem regras sociais e morais. Mas como pode uma realidade espiritual tão elevada reger-se dessa maneira... fodam-se as regras e as normas que nos impõe.

Já ninguém se entrega a ninguém da forma menos corrupta, mais ortodoxa, menos profana, mais pura. Só os parvos, tolos e burros. Aqueles que sentem o amor da forma que é para ser sentido. Têm medo de sofrer, mas entregam-se à tristeza do outro se fôr preciso. Condenam o coração para que a alma possa voar.
Parece que é preciso estar-se triste para haver entrega, simplesmente em busca de refúgio, o amor tornou-se um meio para atingir um fim. Realização pessoal, status, poder, ou mesmo para nos voltarmos a pôr de pé. Afinal quando estamos caídos, já não há mais para onde ir. É aí que ligamos as coisas mais simples da vida. O amor. Depois voltamos ao medo, com duas muletas para não voltarmos a tropeçar, pés bem colados à terra para não corrermos o risco de voar e cair, muitas vezes é simplesmente orgulho ferido. Busca-se a felicidade noutro lado, uma felicidade serena, segura.
Equivalente ao surfar no verão mas não no inverno, por as ondas serem maiores, apesar de serem perfeitas. Para quem gosta de surf será um sonho não vivido. Tal como o amor, as ondas de inverno tem mais força, o sentimento é mais forte, faz-nos atingir velocidades estonteantes e assustadoras, causa vertigens e formigueiro na barriga, despertas todos os nossos sentidos. Temos medo de cair e não conseguir voltar a cima, levar com a força devastadora da natureza em cima, ser esmagado por sentimentos avassaladores.

Amor e amizade andam de mãos dadas, mas são ambos condenados em detrimento um do outro.



Acompanho emocionado as tuas preocupações, as tuas derrotas, as tuas agonias, encantos e desencantos, frustrações, paixões, a tua coragem e covardia, os teus mimos, os teus sorrisos e choros, as tuas tristezas e alegrias pelo simples prazer de estar. Enquanto praticas a arte de viver.

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